sábado, 3 de abril de 2010

História das tripulações

Desde os primeiros aviões, os pilotos têm sido as estrelas da aviação mundial e seu papel tem evoluído consideravelmente ao longo dos anos. Os principais progressos no mundo dos pilotos são devido aos novos equipamentos e à mudança dos padrões de treinamento. Quando os aviões foram inventados, eles tinham sistemas de controle relativamente simples e eram geralmente pilotados pelos próprios projetistas, como no caso de Santos Dumont. Voar era uma arte difícil, mas como todo mundo era amador a única maneira de aprender era pela tentativa e erro.

Com o desenvolvimento da tecnologia da aviação, mais e mais treinamento era necessário. Sistemas automatizados e instrumentos sofisticados faziam muito do trabalho do piloto, mas ele também tinha de entender o que os instrumentos faziam.

O primeiro treinamento amplo e padronizado veio com a Primeira Guerra Mundial, quando os militares começaram a colocar os soldados no ar. O treinamento militar com aeronaves foi expandido durante a Segunda Guerra Mundial e nas décadas seguintes.

Nos anos 20, os EUA começaram a regulamentação do projeto das aeronaves e do treinamento para pilotos. O único jeito para atender aos padrões das companhias aéreas era ter uma grande experiência na força aérea militar. Dos anos 30 até os anos 60, a grande maioria dos pilotos era composta de homens brancos com algum treinamento militar. Hoje em dia, existem cada vez mais pilotos que são mulheres, afro-americanos ou pertencentes a outras minorias e aproximadamente metade dos pilotos americanos atuais nunca esteve nas forças armadas.

O mundo dos comissários também mudou significativamente desde o começo da aviação comercial. As primeiras linhas aéreas eram, na realidade, aviões do serviço postal com alguns assentos extras para passageiros. Nesses vôos, a tripulação era composta somente de pilotos que estavam tão ocupados na pilotagem do avião que não tinham tempo de atender aos passageiros.

Eventualmente, algumas empresas contratavam atendentes para os vôos. Esses membros da tripulação eram geralmente adolescentes ou homens de baixa estatura e estavam à bordo para carregar as bagagens, tranqüilizar passageiros com medo e ajudar as pessoas a se acomodar na aeronave. Em 1930, uma jovem enfermeira chamada Ellen Church junto com Steve Stimpson da Boeing Air Transport surgiram com um novo tipo de atendimento. Church propôs que enfermeiras profissionais seriam ideais para fazer parte de uma tripulação porque poderiam ajudar os passageiros que passassem mal. A Boeing, que era até então uma linha aérea e fabricante de aeronaves, contratou oito enfermeiras por um período de experiência de três meses. Essas novas atendentes que foram chamadas de "aeromoças" logo se tornaram parte integral de todas as linhas aéreas. Elas não precisavam mais ter formação em enfermagem, mas o caráter maternal era considerado como um elemento chave na profissão.

As primeiras oito aeromoças que eram enfermeiras e foram trabalhar na Boeing Air Transport em 1930
Até recentemente havia um grande controle sobre as aeromoças. Elas não podiam ser casadas porque os maridos reclamariam das longas horas em que ficariam fora de casa. A maioria das linhas aéreas tinha certas restrições de altura, peso e proporções. A vestimenta também era restritiva. Elas tinham que vestir uniformes que mostravam a silhueta, salto alto e luvas brancas quando voavam. Embora fosse um emprego perfeitamente respeitável para mulheres jovens, as primeiras aeromoças eram geralmente mal pagas, tinham benefícios mínimos e estavam em uma posição subserviente a dos pilotos
Antigamente as linhas aéreas impunham fortes restrições às aeromoças

Durante os anos 60, 70 e 80, os sindicatos das aeromoças e os representantes dos movimentos da igualdade de direitos conseguiram enormes mudanças nas linhas aéreas que tinham esses tipos de problemas. Desde os anos 70, a política das principais empresas aéreas tem sido contratar tanto homens como mulheres e não ter restrições quanto ao peso ou à altura. Os comissários de bordo hoje em dia têm os mesmos benefícios que os pilotos e as linhas aéreas os reconhecem como profissionais cruciais. No final das contas, para muitos passageiros o comissário de bordo é o cartão de visitas da linha aérea.

Para aprender mais sobre os comissários de bordo e sobre os pilotos das linha aéreas, confira alguns dos sites listados na próxima página. À medida que as companhias aéreas continuam a expandir para atender a crescente procura, mais e mais jovens estão ingressando nesta carreira. Para aqueles trabalhadores que aguentam longas horas de trabalho e um estilo de vida imprevisível, não há nada parecido com esta profissão.

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