sábado, 24 de julho de 2010

Balão pode rasgar avião de ponta a ponta; entenda os perigos

Comuns durante as celebrações juninas, os balões ficam ainda mais perigosos no inverno. Isso porque o inverno, com ventos frios e pouca umidade do ar, é ideal para que os balões alcancem voos longos e altos. Segundo o major Francisco José Azevedo de Morais, da FAB (Força Aérea Brasileira), aeronaves voando a altas velocidades têm pouca possibilidade de desviar dos objetos. Em caso de colisão, é o risco de queda é iminente. "Dependendo do peso, o balão pode rasgar um avião do nariz até a cauda. Além dos incêndios em florestas, ele pode vir a ser um objeto de morte de vários passageiros e tripulantes e pessoas que estão nas suas casas tranquilamente", disse o major em entrevista à rádio Força Aérea FM. Segundo Marcos das Neves Palumbo, chefe do setor de Comunicação Institucional Corpo de Bombeiros de São Paulo, a população tem colaborado com denúncias anônimas. Com isso, os soldados conseguem chegar ao local antes que os balões sejam soltos. Arte X Crime: Para os fãs da prática, no entanto, a atividade (que pode render de um a três anos de cadeia e multa no valor de R$ 1.000 por balão) é encarada como arte. Baloeiro há três anos, A.A, 17, faz parte de uma turma dedicada ao assunto em Guarulhos (Grande SP). Ele diz que teme ser preso, apesar de achar que não está burlando a lei. "Medo a gente tem, mas para nós não é crime, não. Crime é roubar, matar, usar drogas", diz. Questionado se tem consciência do estrago que um balão pode causar, diz: "a gente tem consciência de que é perigoso, ninguém sabe onde vai cair, o que vai prejudicar. Mas quem é baloeiro de verdade não liga para essas coisas. A gente que saber do prazer de soltar, a gente quer ver a arte."
  • Bol

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