quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Helicóptero inteligente

Este é o Pixhawk Cheetah, criado por três pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, e que parece ser a última palavra em veículos robotizados autônomos. O pequeno helicóptero de quatro rotores tem 55 centímetros de diâmetro. Alimentado por baterias de polímero de lítio, ele pode voar por até 12 minutos. Quatro câmeras com armação flexível alimentam o computador de bordo com um fluxo contínuo de imagens, dando ao helicóptero a capacidade de avaliar e resolver não apenas seus problemas de navegação, mas também procurar por sobreviventes ou qualquer outro objeto para o qual ele tenha sido programado. E tudo sem nenhuma ajuda externa. O Cheetah foi projetado para operações de busca e salvamento. Imagine um cenário típico de um edifício que desmoronou parcialmente, no interior do qual pode haver sobreviventes. A tarefa mais importante em uma situação desta é delimitar a área de busca e orientar as equipes de resgate para o local correto. Os socorristas também precisam saber o estado interior do prédio para avaliar os danos, antecipar prováveis riscos e determinar a melhor estratégia de resgate. Sempre se imaginou que robôs fossem a melhor alternativa para fazer essa varredura inicial, e vários deles já foram construídos com esses objetivos. Mas Lorenz Meier, Friedrich Fraundorfer e Marc Pollefeys desta vez parecem ter pensado em tudo o que pode dar errado.
Missão autônoma
A comunicação sem fios, segundo os pesquisadores, não parece ser uma alternativa a toda prova: concreto e estruturas metálicas geram interferência e podem diminuir a área de ação do mini-helicóptero. Por isso ele deve ser autônomo. Imagens transmitidas diretamente também podem chegar borradas devido à interferência - por isso o veículo deve ter seu próprio sistema de armazenamento de imagens, trazendo-as intactas para o operador após a varredura inicial. Embora a comunicação sem fios esteja disponível no Cheetah, para ser usada se as condições forem boas, ele não depende dela. Visão artificial Mas, se o operador não está vendo as imagens e guiando o helicóptero, como ele poderá encontrar os sobreviventes? Através de um sofisticado sistema de visão artificial, capaz de identificar pessoas no meio dos escombros, e até textos, caso ele tenha sido programado para chegar em alguma área identificada. O sistema de reconhecimento de padrões identifica partes específicas das imagens captadas pelas câmeras, comparando os elementos detectados com um banco de dados de padrões que o sistema está buscando - rostos de pessoas, por exemplo.

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