sábado, 18 de agosto de 2012

Anac quer fim da fileira preferencial

A proposta da Anac de acabar com a reserva das três primeiras fileiras dos aviões para gestantes, idosos e deficientes, tem dividido opiniões. Para esclarecer a medida, que ainda passa por estudos e é avaliada por meio de consultas públicas no site da agência, o Portal da Band procurou a Anac e o Procon-SP, para que os consumidores entendam a proposta e saibam quais são os seus direitos em relação às mudanças. Segundo a Anac, a proposta visa garantir o transporte das pessoas com necessidades especiais em outros assentos com dispositivos adequados, tais como braços removíveis e próximos às saídas de emergência e da porta traseira, usada para embarque e desembarque. "O objetivo máximo da proposta é manter a segurança dos passageiros. Além disso, propomos ampliar de 10% para 30% a obrigatoriedade de braços removíveis em assentos do corredor, tendo em vista que os assentos do meio já dispõem desse mecanismo." A agência ainda acrescenta que, na proposta, o escopo dos passageiros que necessitam de assistência especial foi ampliado, abrangendo: pessoa com deficiência, pessoa com 60 anos ou mais, gestante, lactante, pessoa acompanhada por criança de colo, criança desacompanhada, pessoa com mobilidade reduzida e qualquer pessoa que, por alguma condição específica, tenha limitação na sua autonomia como passageiro. Essa ampliação de assentos, de acordo com a Anac, ainda contempla o aumento da demanda pelo transporte aéreo, bem como os próximos grandes eventos para os quais o Brasil está se preparando para receber, como a Copa do Mundo em 2014. Outro quesito da proposta é o desconto mínimo de 80% para os assentos ocupados para colocar equipamentos médicos necessários ao PNAE (Passageiros com Necessidade de Assistência Especial). A companhia aérea também deverá disponibilizar sistema de contenção (ex.: cinto ou cadeiras para bebês) para criança de colo ou permitir que o responsável pela criança o forneça. Uma criança com menos de dois anos pode ser segurada por um adulto que esteja ocupando um assento ou leito aprovado, desde que não ocupe ou use qualquer dispositivo de contenção. Já a criança de colo em berço deverá ser acomodada em uma fileira com espaços extras ou assentos dotados de dispositivos específicos, de acordo com a classe escolhida e o bilhete aéreo adquirido, explica ainda a Anac. A assessora técnica do Procon-SP Maíra Feltrin afirma que, havendo a disponibilidade de assentos e desde que seja preservada a qualidade e acesso fácil ao consumidor, não haverá problemas, independente de qual fileira em que o passageiro será acomodado. "A companhia vai ter que se reorganizar para colocar o deficiente no local adequado", explica."A acessibilidade para as crianças, idosos e deficientes deve ser garantida acima de tudo. O consumidor deverá ser preservado sempre."
  • Band.com
18-08-2012

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