sábado, 20 de outubro de 2012

Peritos americanos definirão se avião que parou Viracopos voltará a voar



Uma equipe de peritos norte-americanos chega a Campinas na próxima semana para avaliar se o avião de cargas, que quebrou na única pista de Viracopos, no último sábado (13), voltará a voar. Segundo informações da empresa aérea dona do cargueiro, a Centurion Cargo, os técnicos que avaliarão a aeronave são da Boeing, fabricante da aeronave nos Estados Unidos.  O avião teve problemas no trem de pouso no momento em que aterrissava em Viracopos, vindo de Miami, carregado de produtos eletroeletrônicos. Uma das rodas do cargueiro estourou e a aeronave derrapou na pista, onde permaneceu quebrado causando a interdição do aeroporto durante 45 horas. De acordo com o diretor-geral da Centurion, Vanderlei Morelli, a avaliação dos técnicos será encaminhada para a seguradora da empresa, que definirá, a partir da dimensão dos estragos, se a aeronave será substituída por outra ou se serão realizados reparos.“A concessionária deve definir dentro de duas ou três semanas isso. Vai depender da porcentagem do custo do conserto em relação ao valor da aeronave”, explica Morelli. O G1 apurou com aeronautas que o valor do seguro do avião pode chegar a R$ 160 milhões. A aeronave foi removida da pista de Viracopos na tarde da segunda-feira (15), 45h depois do incidente aéreo, e ficou estacionada na pista auxiliar de Viracopos. Só na madrugada desta sexta, a aeronave foi removida para o terminal de cargas da Infraero. O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que, se por algum problema, um avião bloquear a pista, é da empresa aérea a responsabilidade de retirar a aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente, o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Em Viracopos, é a Infraero a responsável pela operação, mas a estatal não tem nenhum equipamento para estas operações. O equipamento usado para remover o cargueiro da Centurion precisou ser alugado da TAM. O recovery kit estava em São Paulo (SP) e foi levado para Campinas no domingo (14). Segundo a Infraero, o avião não poderia ser removido imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga, erguer o motor e remover o avião sem danificar a pista. Após vencer a concorrência para administrar o aeroporto de Campinas, a concessionária Aeroportos Brasil está em fase de transição de administração com a Infraero. Desde agosto, ela acompanha os trabalhos da estatal para se familiarizar com todos os processos do aeroporto para assumir sua operação. A partir do dia 14 de novembro, a concessionária assume a administração, mas ainda com a supervisão da Infraero por prazo de 90 dias. A partir da primeira quinzena de fevereiro de 2013, a Aeroportos Brasil passa a administrar exclusivamente o terminal. A possibilidade de aquisição do recovery kit faz parte do pacote de medidas de segurança que serão implantadas na primeira etapa de melhorias. A Azul Linhas Aéreas calcula que o prejuízo da empresa com o incidente em Viracopos é de cerca de R$ 20 milhões. A companhia é responsável por 85% das operações domésticas no aeroporto. Em nota, a empresa disse que, além dos valores, "existem perdas imensuráveis, como a experiência vivida pelos passageiros e o impacto à marca". A companhia falou que lamenta os transtornos causados e informou que "ainda está dimensionando a extensão dos danos causados aos seus clientes e à companhia".
  • G1
20-10-2012

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