sexta-feira, 2 de novembro de 2012

MiG-21, um avião eterno



O cumprimento do contrato com o Bangladesh significa que o caça, lançado em produção em série na União Soviética ainda em 1959, 53 anos depois nem pensa em deixar o palco. Nenhum avião de combate do mundo se pode gabar de tão longo prazo de produção em série. A União Soviética começou a transferir para a China documentação técnica sobre o caça MiG-21-F-13 pouco antes da ruptura Sino-Soviética no início da década de 1960. Até o momento da cessação completa da cooperação em 1962, os chineses conseguiram obter algumas unidades do caça, um conjunto incompleto de documentação técnica e vários conjuntos para a montagem do avião na fábrica de aviões de Shenyang. O estabelecimento da produção desse avião em condições de completa ruptura com a União Soviética necessitou um esforço considerável. Na sequência disso, as primeiras versões do J-7 apresentaram diferenças significativas em relação ao original soviético, perdendo em relação a ele em várias características. O J-7 chinês fez seu primeiro voo em 1966, posteriormente os trabalhos de construção do avião desaceleraram por causa da revolução cultural. A produção sustentável do caça J-7 na China foi estabelecida apenas nos anos 1980. Naquele tempo, a China conseguiu obter acesso a tecnologias ocidentais, o que permitiu melhorar o projeto do avião e começar a vendê-lo para o exterior. Componentes estrangeiros instalados em versões de exportação do J-7, em seguida eram adotadas pela indústria chinesa e transferidas para os caças da Força Aérea chinesa. Na segunda metade da década de 2000 os caças J-7 começaram a ser gradualmente substituídos por aviões mais modernos de 4a geração: J-10 e J-11. No entanto, o MiG-21 chinês em suas várias versões continua sendo o tipo mais numeroso de aviões de combate da Força Aérea chinesa. Ele também continua a ser exportado: nos últimos anos foram celebrados contratos de exportação com a Nigéria, Tanzânia e Bangladesh. O J-7 parece uma escolha bastante razoável para as Forças Aéreas de países em desenvolvimento. O Bangladesh, com descontos, obteve os seus J-7 por 5,85 milhões de dólares cada. Isto é duas a três vezes mais barato do que o custo de um avião a jato ocidental de treinamento de combate, e quase uma ordem de magnitude mais barato do que um caça moderno ocidental ou russo.
  • Voz da Russia
 

Um comentário:

  1. o Mig-21 ou J-7 para os chineses, não é mais fabricado nem na china, apenas a versão de treinamento, o Mig-21U Bis ou FT-7 para os chineses em sua versão de exportação é que continua sendo fabricada.

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