Neste
mês de fevereiro, a Agência Federal de Transportes Aéreos da Rússia
(Rosaviácia) suspendeu a validade do certificado de autorização de voo
de quatro dos dez aviões Sukhôi Superjet 100 (SSJ-100), operados pela
Aeroflot, maior companhia aérea do país. A
suspensão ocorreu após a agência detectar problemas técnicos nos trens
de pouso
e slats (dispositivos de hipersustentação auxiliar) da aeronave. Duas
semanas depois, a Rosaviácia concedeu uma nova permissão, com o risco de a
empresa Sukhôi perder alguns de seus clientes internacionais caso o problema
volte a acontecer. De
acordo com um relatório da Aeroflot, a companhia está insatisfeita com seu novo
avião regional Superjet 100 que, no ano passado, foi responsável por 40% dos
incidentes ocorridos com aeronaves da empresa. Apesar
de o porta-voz da Aeroflot se recusar a comentar tais informações, o relatório
confirma a existência de problemas nos slats e trens de pouso, bem como alarmes
falsos do sistema de ar condicionado. Mesmo
assim, o diretor da Rosaviácia, Aleksandr Neradko, declarou que a suspensão da
validade do certificado não está mais em questão. Os
especialistas da agência nacional justificam que a paralisação do SSJ-100 pode
desmotivar clientes, sobretudo estrangeiros, e aumentar o prazo de retorno dos
recursos públicos investidos no projeto. Cabe
lembrar que os trabalhos de desenvolvimento contaram com investimentos no valor
total de US$ 1 bilhão, dos quais US$ 414 milhões foram recursos públicos. “No
início da fase de fabricação, os capitais aplicados no projeto já somaram cerca
de US$ 2 bilhões, afirma o vice-presidente de finanças da empresa Sukhôi, Evguêni
Konkov. A
fabricante Sukhôi se comprometeu a reparar as aeronaves por conta própria e
indenizar as perdas financeiras
sofridas pela companhia, no valor de cerca de US$ 50 mil por dia de paralisação
de suas atividades, decorrentes dos problemas técnicos dos modelos SSJ-100. Leia mais em Gazeta Russa
26-02-2013
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