sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Dornier DO J Wal

DORNIER DO J WAL
by: A. Bernardes

Na década de 20 a empresa alemã Condor Syndikat, trouxe para a America do Sul, duas aeronaves de projeto alemão Dornier O Wal construídas pela Construzioni Meccaniche Aeronautiche Spa na Itália (a Alemanha era proibida à época de construir aeronaves) capazes de levar entre 8 e 12 passageiros. Inicialmente as aeronaves foram para a Colômbia onde foram batizadas de Atlântico e Pacífico na grafia em espanhol. Depois de um breve período na Colômbia, o Atlântico foi transladado para o Brasil onde em 27 de janeiro de 1927, passou a fazer parte da Viação Aérea Riograndense que ficou conhecida como VARIG, sendo portanto a primeira aeronave da aviação comercial brasileira.

O Dornier O Wal, é um hidroavião com asas Pára-Sol de suporte alto onde eram montados os dois motores Rolls-Royce Eagle de 12 cilindros em V e 360 HP de potência cada, na configuração Push-Pull, capaz de transportar passageiros ou o seu peso equivalente em carga, geralmente malas postais, com um alcance de 3.600 km e um teto de serviço de 3.500 metros. Além de ser construído na Itália, o modelo também foi construído pela CASA na Espanha, pela Kawasaki no Japão, Aviolanda na Holanda e pela própria Dornier na Alemanha depois que este país passou a ignorar o Tratado de Versalhes. Sua tripulação era composta de três pessoas, piloto, co-piloto e um mecânico de bordo, media 17,25 metros de comprimento, 22 metros de envergadura, altura de 5,62 metros, peso vazio de 3.630 kg e máximo de decolagem de 7000 kg , tudo isto para desenvolver uma velocidade máxima de 185 km/h e uma velocidade de cruzeiro de 145 km/h. Houve ainda uma variante militar que foi utilizada nos anos 20 e 30 por diversos países europeus e sul americanos. Esta aeronave porém demandava muita manutenção, frequentemente motores e asas deveriam ser removidos, bem como, o seu casco deveria ser posto em dique seco para que pudessem ser removidos deste sujeiras e cracas que se grudavam no mesmo.

Na Varig o modelo voou por muito pouco tempo, cerca de um ano apenas, mas não registrou-se nenhum acidente ou incidente com este nas mãos da Varig que transportou 668 passageiros antes de devolve-lo ao Syndicato Condor quando da chegada de seu segundo avião o "Gaúcho". No Syndicato Condor, esta aeronave voou até 1932 quando foi retirada de serviço, desmontada e vendida como sucata. Do Atlântico sobrou apenas umas das hélices de 4 pás de um dos motores Rolls-Royce Eagle que foi posteriormente recuperada pela Varig e exposta em seu museu. A primeira rota da Varig partia de Porto Alegre com escala na cidade de Pelotas com destino final na cidade de Rio Grande e ficou conhecida como linha da Lagoa, pois o trajeto era realizado costeando a Lagoa dos Patos.  fotos - Internet

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