sábado, 3 de abril de 2010

Saiba como conseguir o Brevê

Os tipos de brevê e como conseguir

O primeiro dos tipos de certificado, ou brevê inicial, é o de piloto privado (PP), que quer dizer que o piloto pode pilotar aviões de um só motor, mais simples e em determinadas condições de meteorologia ou para helicópteros. Ele exige que o candidato tenha sido aprovado na prova teórica da Anac, que cobra conhecimentos sobre cinco matérias: navegação aérea, regulamentos, meteorologia, teoria de vôo e conhecimentos técnicos. Depois, é preciso voar pelo menos 35 horas em um aeroclube certificado pela Anac e conseguir aprovação no vôo de exame, conhecido como vôo de cheque. Mas, o candidato só poderá voar se for aprovado na perícia médica, que inclui exame psicotécnico e das condições físicas e fisiológicas em geral.

Para o brevê de PP, o exame médico é menos rigoroso do que para o brevê de piloto comercial. A perícia médica para a carteira de PP é chamada de segunda classe, enquanto para o PC, é chamada de primeira classe. É possível que o candidato seja provado no exame de segunda classe, mas não o seja na de primeira. Entre as diferenças estão maior rigor no teste de primeira classe ao se observar possíveis problemas de saúde, como limitações da visão e a ausência de sinusite ou desvio de septo. É possível fazer a parte prática do treinamento em aeronaves privadas. Daí, o total de horas de vôo que o candidato tem de acumular é maior. Enquanto que em aeronaves de aeroclubes o total de horas voadas para se obter a carteira de PP é de, no mínimo 35, se o treinamento for feito em uma aeronave particular, esse total sobe para 40 horas.
O brevê do PP permite ao piloto voar dentro das regras visuais (VFR) e apenas como uma atividade de lazer. Por enquanto, como detentor desta carteira, ele não pode exercer atividade remunerada como piloto. Mas, para os rapazes em idade de se alistar no Exército, a carteira de piloto privado já os exclui do serviço militar obrigatório. Após formado piloto, estará isento desse serviço, pois será incluído como reservista da Força Aérea Brasileira.
Com a carteira de PP em mãos, o piloto pode voar inclusive para países vizinhos ao Brasil, como a Argentina e o Uruguai. Não pode ir mais longe porque o tipo de avião permitido para voar com o PP não pode sobrevoar oceanos e o tipo de navegação para se chegar a localidades intercontinentais é mais complexo, usando sistemas IFR.
A segunda carteira na vida de um piloto, depois de conseguir o brevê de PP é a de piloto comercial (PC). Como a outra, pode ser para aviões ou helicópteros. As matérias cobradas no exame teórico são parecidas com as do PP, mas em grau mais aprofundado de complexidade. Incluem técnicas avançadas do vôo por instrumentos, teoria de vôo a jato,conhecimento sobre motores a jato, além de meteorologia,navegação e regulamentos.
O exame médico é mais rigoroso e o treinamento prático é de, no mínimo, 150 horas de vôo em aeronaves de aeroclube homologado e de 200 horas de treinamento em aeronave particular, além de 20 horas de vôo por instrumento. Em ambos os casos, é preciso ter aprovação no vôo de cheque, o vôo de testes final feito antes de ser concedida a carteira.Para conseguir a habilitação de PC é também necessário o treinamento em simuladores sintéticos de vôo. No mínimo 40 horas. Com a carteira do PC em mãos, o piloto já pode exercer atividade remunerada nesta profissão, pilotando, qualquer avião monomotor que use instrumentos em seu painel para navegar

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