Empresas de aviação agrícola e os pilotos serão certificados por um programa desenvolvido por um grupo de pesquisadores ligados a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e Associação Nacional de Defesa do Vegetal (Andef). O programa foi lançado na última quinta-feira (27/6), durante o Congresso Nacional de Aviação Agrícola, que aconteceu em Cuiabá (MT).
O objetivo é incentivar a capacitação e a qualificação dos responsáveis pela aplicação aérea de defensivos.
O sistema de certificação foi concebido para ser aplicado em três níveis. O primeiro deles avalia toda a documentação e os aspectos legais da operação.
Será preciso comprovar que a empresa ou o operador atua em conformidade com a legislação e a regularidade de sua situação junto a órgãos competentes como Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entre outros.
O segundo nível permite a certificação da qualificação tecnológica do participante do programa. Ela será alcançada através da aprovação, com frequência mínima e desempenho satisfatório, no curso de capacitação denominado “Qualidade técnica e responsabilidade ambiental na aplicação aérea”. O programa prevê que o curso seja oferecido em dois módulos (“Qualidade da tecnologia de aplicação” e “Planejamento e responsabilidade ambiental”), com uma carga horária total de 16 horas.
A conformidade de equipamentos e instalações é o terceiro e último nível de certificação. Para obtê-la a empresa ou operador deverá comprovar a conformidade, a funcionalidade e a qualidade dos equipamentos de pulverização e das instalações utilizadas, a partir de uma inspeção realizada a campo.
O programa estará disponível no segundo semestre deste ano. “Trata-se de uma demanda antiga do setor. Por se tratar de um programa privado de certificação, esta ação aponta para o caminho da autorregulamentação do mercado de pulverizações aéreas, como já ocorre em diversos segmentos da sociedade. E o fato de ser operacionalizado por universidades públicas confere a necessária credibilidade e imparcialidade ao processo”, explica o professor Ulisses Rocha Antuniassi, da FCA/Unesp.
29-06-2013
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