by: A. Bernardes |
Enquanto o Mig-15bis seria destinado para introduzir asas enflechadas em combates aéreos sobre a Korea, em 1949, o Mikoyan-Gurevich design bureau tinha começado a trabalhar em um substituto, originalmente chamado Mig-15bis45, no intuito de solucionar muitos dos problemas do Mig-15 em Combate. O resultado foi um dos caças transônicos de maior sucesso antes dos verdadeiros caças supersônicos como o Mig-19 e o North American F-100 Super Sabre. O design arrojado foi uma prova efetiva nos anos 1960s, quando pressionado nos combates aéreos sobre o Vietnã contra modelos supersônicos que não eram otimizados para manobras de combate a curta distância em velocidades subsônicas, das qualidades desse modelo.
Enquanto o Mig-15 utilizava um sensor de velocidade Mach para abrir os freios aerodinâmicos para não exceder Mach 0.92, o Mig-17 foi concebido para ser controlável em números Mach elevados. As primeiras versões utilizavam uma cópia soviética do reator Rolls-Royce Nene , chamado VK-1 que era mais pesado mas com a mesma potência que a Nene Britânica. As últimas versões utilizavam a VK-1F com um pós-combustor desenvolvido pela equipe Klimov, tornando-se os primeiros caças Soviéticos com afterburner incrementando a potência do reator. As asas, passaram a ter 45 graus de enflechamento, a empenagem vertical e os freios aerodinâmicos foram reprojetados para os números Mach mais elevados, sendo os demais componentes da fuselagem basicamente os mesmos utilizados no Mig-15. Outra diferença visível são as 3 Wing Fences em cada asa, contra 2 no Mig-15.
O primeiro protótipo designado I-330 "SI" voou em 14 de Janeiro de 1950 pilotado por Ivan Ivashcheko que morreu durante os testes quando a aeronave que ele pilotava perdeu um dos estabilizadores horizontais, provocando um parafuso incontrolável e caindo. Em 1952 foi finalmente designado Mig-17 e apesar de ter causado um certo desapontamento inicial, tornou-se um sucesso com mais de 6.000 unidades fabricadas na antiga União Soviética, na China e na Polônia recebendo constantes melhoramentos como mísseis ar-ar, câmeras de reconhecimento e até mesmo uma variante biplace desenvolvida não pelo bureau da Mikoyan-Gurevich, mas sim pelos Chineses. Alguns especialistas ocidentais dizem que o Mig-17 não passou de um Mig-15 "passado a limpo", mas os seus registros de combate mostram que nem mesmo os poderosos Americanos estavam preparados para enfrentar um caça leve com grande poder de fogo como ele.
fotos - Peter de Jon & Dean West |