Nos anos 20, a Europa sofria ainda as consequências da I Guerra Mundial e, no setor da aviação, estudava-se como tornar possível que as condições climatéricas não representassem um obstáculo às ligações aéreas. As viagens eram ainda realizadas apenas de dia, sobre as linhas ferroviárias, para melhor orientação, e sem comunicações por rádio. É neste cenário que, na Alemanha, no dia 6 de Janeiro de 1926, se dá a fusão das duas maiores companhias aéreas do país: a Deutscher Aero Lloyd e a Junkers Luftverkehr. Nascia, então, a Deutsche Luft Hansa AG, que, na década seguinte, adptarria a designação pela qual a conhecemos hoje: Lufthansa. “Foi inaugurada em Janeiro e, em Dezembro já voava para 57 cidades européias e tinha aberto um serviço regular noturno entre Berlim e Königsberg, com bilhetes a 20 marcos. A Lufthansa vendeu, também, os primeiros pacotes de viagens, nas rotas Berlim-Dresden e Berlim-Copenhaguem. Incluíam bilhete de ida e volta, hotel e ainda uma excursão para visitar a cidade. Custavam entre 260 e 435 marcos”, conta Hans Ulrich Gumbrecht, no livro “In 1926: Living at the edge of time”.
Até o início da II Guerra Mundial, a companhia foi pioneira nos voos para o Extremo Oriente, sobre o Atlântico, tanto para Norte como para Sul, utilizando uma frota de aviões Dornier, Junkers, Heinkel e Focke-Wulf. A Lufthansa foi a primeira companhia aérea a estabelecer uma linha de transporte de correio aéreo entre a Europa e a América do Sul. A partir de 1933, com a nomeação de Hermann Göring com responsável pela aviação no Governo de Adolph Hitler, a Lufthansa começou a ser utilizada “como uma frente de formação de pilotos para a Força Aérea alemã, que se manteve secreta até 1935 e que era a mais poderosa do mundo em 1939”, relatam Ian Dear, Michael Richard e Daniel Foot, na obra “The Oxford Companion to World War II”. Nessa altura, “só os homens com capacidades fora do comum eram selecionados para pilotarem os aviões da Lufthansa. Quando Adolf Galland concorreu para um lugar de piloto em 1932, ele foi um dos 18 selecionados de um conjunto de mais de quatro mil candidatos. Estes homens com capacidades extraordinárias foram capazes de aproveitar o treino profissional dado pela Lufthansa e formaram um corpo de pilotos de elite que poderia rapidamente ser transferido para os aviões de combate assim que a guerra começasse”, relata Mark Andrews, no livro “Fledling Eagle: The politics of air power”. Com a derrota da Alemanha, a companhia suspendeu todo o serviço, só retomando as ligações em 1953. No final de 2009, o Grupo Lufthansa empregava cerca de 118 mil pessoas em todo o mundo e registou cerca de 22,3 mil milhões de receita operacional. Para 2011, a Lufthansa espera reforçar o seu quadro de pessoal com mais quatro mil funcionários para dar resposta ao aumento de tráfego de passageiros, disse, recentemente, fonte da companhia aérea citada na edição do jornal “Bild”. “A Lufthansa está em fase de crescimento”, justificou Christoph Franz, o novo administrador da transportadora.
- Renascença. Pt
A Alemanha é como Fênix, sempre renasce das cinzas apesar de tudo e de todos. Foi pioneira na aviação civil já antes da 1a.GM além de concorrer nos mares com a frota britânica.
ResponderExcluirApesar do título, recomendo o livro de C.G. Sweeting "O piloto de Hitler que conta história de Bauer, muito bem contextualizada.
sds, Sylvia Lenz