domingo, 1 de abril de 2018

EMB-312 Tucano

by: A. Bernardes

No início de 1977, a Embraer encaminhou à Força Aérea Brasileira, duas propostas para um treinador avançado para substituir futuramente o Neiva T-25 Universal então em uso naquela instituição. A primeira proposta era uma versão melhorada do próprio Universal, porém utilizando um motor Lycoming TIO-541 denominado EMB-301. A segunda aeronave, designada EMB-311, era uma aeronave para a função COIN baseada no Carajá, que já se encontrava em produção pela própria Embraer. Mas, nenhuma das duas propostas foi aceita pela FAB e em 1978 a FAB mudou completamente todos os quesitos da nova aeronave. Assim, a equipe de design da Embraer liderada pelos engenheiros, Guido Pessoti e Joseph Kovacs, começaram a redesenhar o EMB-311 criando assim o EMB-312 Tucano.  Em 6 de dezembro, a Embraer recebeu um contrato para 2 protótipos para testes de fadiga e em 1979 as especificações foram concluídas  e as principais diferenças foram o motor PT6A-25C mais potente, o cockpit levantado com assentos em tandem e ejetáveis dentre outras mudanças na fuselagem.

O primeiro voo ocorreu em 16 de agosto de 1980, com a matrícula 1300 e com a designação YT-27 na FAB, seguido pelo segundo protótipo em  10 de dezembro de 1980 implementando melhorias de acessibilidade para reduzir os custos de fabricação e com pequenas barbatanas laterais para melhorar a estabilidade lateral. Infelizmente este protótipo foi perdido em agosto de 1982 quando efetuava teste de aplicação total do leme, fazendo com que  aeronave estolasse e provocasse um mergulho de 30g ultrapassando a VNE, resultando numa desintegração geral da fuselagem. Um terceiro protótipo, o PT-ZDK, voou em 16 de agosto de 1982, que no mês seguinte atravessou o oceano Atlântico para participar do Farnborough Airshow quando recebeu a designação de T-27 para a versão de treinamento e AT-27 para a versão de contra-insurgência e recebendo o nome de Tucano. A partir daí, o Tucano passou a ser uma referência para todas as aeronaves de treinamento desenvolvidas posteriormente e seu sucesso conquistou operadores como Argentina, Brasil, Colômbia, Egito, França, Honduras, Irã, Iraque, Mauritânia, Paraguai, Peru, Venezuela, Quênia, Kuwait, Moçambique e Reino Unido. A Embraer ainda viria a desenvolver duas versões, uma delas em 1980, melhor motorizada utilizando o mesmo motor Garret da versão desenvolvida para o Reino Unido denominada Shorts Tucano, mas não houve interesse pela FAB que estava satisfeita com o rendimento da versão original. A outra, foi desenvolvida em associação com a Northrop Grumann com uma fuselagem estendida em 1,37 metros com a adição de uma seção a frente e outra atrás do cockpit para restaurar o centro de gravidade, uma estrutura reforçada, pressurização do cockpit e um motor PT6A-67R e que serviu como ponto de partida para o futuro EMB-314, Super Tucano. Acima o protótipo matriculado PT-ZTT, nas cores da Academia da Força Aérea de Pirassununga.   fotos - Internet

 

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