sexta-feira, 1 de junho de 2018

EMB-200 Ipanema

by: A. Bernardes

fotos - Internet

No final do anos 1960, o Ministério da Agricultura brasileiro firmou contrato com a Embraer a fim de produzir no Brasil, uma aeronave agrícola com o objetivo de modernizar o setor ao disponibilizar novas técnicas de produção, além de gerar recursos para a nova estatal. Assim, a Embraer desenvolveu juntamente com os engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, que também foram responsáveis pelo projeto, o EMB-200 Ipanema. O nome Ipanema foi dado em homenagem a fazenda de mesmo nome localizada no interior de Sorocaba onde a aeronave foi testada. O seu primeiro voo ocorreu em 1970, sendo certificado em 1971 e sua produção iniciou-se em 1972. Desde o início, o Ipanema foi idealizado para pulverizar plantações com fertilizantes e pesticidas, mas também para ser utilizado para espalhar sementes, combater pequenos incêndios e para criar chuva artificial. Para proteger o piloto do contato com os produtos químicos, a cabine conta com um sistema de vedação e a dispersão dos defensivos químicos ocorre na parte posterior das asas. Por voar em baixas altitudes, conta com um equipamento de corta-fios.

A primeira variante do EMB-200 era motorizada com um motor Lycoming de 260 HPs e possuía a capacidade de 550 Kg. Já em 1973 surgiu a versão EMB-200A, muito similar a anterior porém contava com alguns aperfeiçoamentos principalmente nos dispersores. Em 1974, a variante passou a ser a EMB-201 que vinha equipada com um novo motor Lycoming mais potente de 300 HPs e reservatório com capacidade de 750 kg. Em 1977, surgiu a versão EMB-201A, uma versão revisada da anterior com um novo painel de instrumentos e novas asas. Em 1991, surgiu a versão EMB-202, que possuía alterações aerodinâmicas importantes tais como, Winglets nas asas, um equipamento de pulverização eletroestática opcional, e um reservatório com capacidade de 950 kg, que ficou conhecida como Ipanemão. Em 2004 surgiu a nova versão da anterior designada pelo fabricante como EMB-202A e que foi a primeira aeronave de série do mundo a voar com um motor a etanol, um Lycoming de 320 HPs, que além de proporcionar um melhor desempenho, também reduziu os custos de manutenção e de operação e ficou conhecida como Ipanemão a álcool. A atual versão é o EMB-203, que passou a ter a envergadura das asas aumentadas para 13,3 metros, possibilitando uma maior faixa de deposição de defensivos, uma cabine mais anatômica para os padrões atuais e um reservatório de 1.175 kg. Nos 48 anos de sua fabricação, já foram produzidas cerca de 1.380 unidades.

 

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