quinta-feira, 16 de agosto de 2018

EMB-145 AEW&C / Multi Intel / MP

EMB-145 AEW&C / Multi Intel / MP
by: A. Bernardes

fotos - Internet

Depois de se aventurar na aviação executiva criando o Legacy e o Lineage 1000, a Embraer valendo-se da experiência adquirida com um EMB-120 Brasília AEW, decidiu levar toda esta experiência para a célula do EMB-145, já que havia interesse da Força Aérea Brasileira em adquirir uma aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle, sem se atrelar a compromissos com americanos ou russos. A solução foi utilizar o radar sueco Eric-Eye que havia sido testado com sucesso num derivado do Brasília e com o sinal verde da FAB a Embraer lançou-se em tal desafio. Assim, a Embraer criou não só a versão AEW&C que a FAB tanto desejava, mas também as versões MULTI INTEL que é destinada ao sensoriamento remoto combinando um radar de abertura sintética com um FLIR, a versão MP que é uma platadorma ELINT / SIGINT destinada a patrulha marítima e a versão P-99, uma versão modificada da MP capaz de efetuar ASW, Guerra Anti-Submarina, que pode ser armada com uma variedade de torpedos e outras armas anti-submarinos.

Embora as aeronaves da Embraer não possuam a mesma fama de outros fabricantes tradicionais de aeronaves de AEW, ELINT e SIGINT, como as americanas Boeing e Grumman, e as russas, Ilyushin e Tupolev, a Embraer fez voar em 1999 o primeiro EMB-145 AEW&C destinado a FAB, sendo entregues a partir de 2001, 3 EMB-145 MULTI INTEL e 5 EMB-145 AEW&C para a Força Aérea Brasileira. O primeiro cliente estrangeiro foi a Grécia que adquiriu para a sua Hellenic Air Force, 4 EMB-145H que é a designação grega para a versão AEW&C. Outro cliente estrangeiro a adquirir as versões militares foi o México que adquiriu para suas forças armadas, 1 EMB-145-SA, designação mexicana do modelo EMB-145 AEW&C e 2 EMB-145MPs. Em 2012, a Índia adquiriu junto a Embraer 3 plataformas com probe para reabastecimento em voo as quais chamou de EMB-145I, pois toda a aviônica e o radar aerotransportado serão desenvolvidos pela Bharat Eletronics Limited ou BEL, ficando a Embraer responsável apenas pelo suporte da aeronave em si. Além destas versões desenvolvidas e propostas, a Embraer desenvolveu uma versão cargueira para a Força Aérea Brasileira com piso reforçado e outras características destinadas as aeronaves cargueiras a qual a FAB designou de C-99. Cada unidade custa em torno de 80 milhões de dolares e o custo operacional por hora de voo é de apenas 2000 dolares.

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