segunda-feira, 21 de outubro de 2019

McDonnell Douglas DC 10-30

McDonnell Douglas DC 10-30
by: A. Bernardes

fotos - Internet

A Aeronave

O McDonnell Douglas DC-10 é um avião trijato, fabricado pela McDonnell Douglas. Possui dois motores turbofans montados em pilones sob as asas e um terceiro motor na base do estabilizador vertical. O DC-10 tem alcance para voos de médio a longo curso , com capacidade para transportar um máximo de 380 passageiros. O DC-10 foi concebido como um sucessor do DC-8 da McDonnell Douglas para operações de longo alcance, usando um layout wide-body para aumentar significativamente a capacidade da aeronave. Motores mais potentes permitiram que ele fosse movido por três motores, o mínimo permitido naquela época para voos longos sobre os oceanos, o que reduzia os custos de manutenção em relação a um projeto de quatro motores. A Lockheed também viu esse nicho como um lugar ideal para reentrar no mercado de aviões comerciais com o seu muito similar L-1011 TriStar. Embora o L-1011 fosse tecnologicamente mais avançado, o DC-10 continuaria se impondo frente ao L-1011 com uma margem significativa, devido ao seu preço mais baixo e da sua entrada antecipada no mercado. O DC-10 foi marcado por um histórico de segurança insatisfatório nas operações iniciais, especialmente devido a uma falha de projeto nas portas de carga. Sua reputação de segurança foi ainda mais prejudicada pelo acidente do voo 191 da American Airlines, que foi e continua sendo o pior acidente de aviação nos Estados Unidos. Após o acidente de Chicago, a FAA retirou o certificado de tipo do DC-10 em 6 de junho de 1979, que parkeou todos os DC-10s dos EUA temporariamente. As vendas do DC-10 caíram drasticamente e em agosto de 1983, a McDonnell Douglas anunciou que encerraria a produção do DC-10, alegando falta de pedidos para eles. O consenso da indústria da aviação na época era que o DC-10 tinha uma reputação ruim tanto pela economia de combustível quanto pela segurança geral. Apesar das dificuldades iniciais do DC-10, ele finalmente acumulou um bom histórico de segurança, já que as falhas de projeto foram retificadas e as horas de voo aumentadas, comparáveis ​​a dos jatos de passageiros de segunda geração semelhantes a ele a partir de 2008. O modelo DC-10-10 inicial era um projeto "doméstico" com um alcance típico na ordem de 6.100 milhas em um layout de duas classes. O -15 era uma versão "Hot and High" com motores mais potentes. Os modelos -30 e -40 foram as versões "internacionais" com alcance estendido de até 6.220 milhas (10.010 km) e um terceiro trem de pouso principal para suportar os pesos de decolagem mais altos necessários. Uma versão ainda mais longa para a British Airways , a -50, não foi construída. As versões de reabastecimento em voo, ficaram conhecidas como KC-10 Extender, e são baseadas nos modelos -30. A produção do DC-10 terminou em 1989, com 386 entregues para companhias aéreas e 60 para a Força Aérea dos EUA.

Operação na VARIG

Em julho de 1974 os primeiros DC-10-30 matriculados PP-VMA e PP-VMB, começaram a operar nas linhas de longo curso da Varig. Estas aeronaves foram os primeiros wide-body da aviação comercial brasileira e apesar da má fama inicial dos modelos DC-10, a Varig não registrou sequer nenhum incidente grave nos 26 anos que a mesma operou esta aeronave. Os DC-10, começaram a operar regularmente na rota Rio de Janeiro - Copenhague com escalas em Lisboa e Frankfurt e também na rota Rio de Janeiro - New York sem escalas. Além dos destinos como Miami, Madrid, Milão, Zurique, Paris, Amsterdam, Porto, Londres e Roma, os DC-10 da Varig também chegaram a operar na rota para Buenos Aires, ainda na década de 70. Nos anos 80 os DC-10 também passaram a operar em Tokyo, Los Angeles, Lima, Cidade do México, Panamá, Johanesburgo, Cidade do Cabo e Bogotá. No dia 31 de julho de 1980 a Varig recebeu o primeiro DC-10-30 de uma nova encomenda de seis unidades, sendo o primeiro a chegar o PP-VMT, seguido do PP-VMU e PP-VMV em setembro e PP-VMW em novembro. Em 1981 chegaram o PP-VMY em abril e o PP-VMX em junho. Desse lote, o PP-VMT e PP-VMU voaram pela Varig durante toda a sua carreira. O PP-VMW foi vendido em 1994 e o PP-VMV em 1999. Já o PP-VMX e PP-VMY foram e voltaram para a Varig algumas vezes e saíram definitivamente da frota em 1999, quando foram vendidos. No final da década de 80 a Varig também começou a operar aeronaves DC-10 puramente cargueiras, os DC-10-30F. Em 1994, o PP-VMD recebeu uma pintura especial relacionado a Copa do Mundo de Futebol e trouxe de volta a seleção brasileira tetracampeã. Até o final da década de 90, todos os DC-10-30 para passageiros foram aposentados, restando apenas os cargueiros. Estes seguiram na frota da Varig até o ano 2000, quando essas aeronaves foram repassadas para a VARIG LOG.

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