by: A. Bernardes |
fotos - Internet A AeronaveO Airbus A300 é um jato bimotor de fuselagem larga desenvolvido e fabricado pela Airbus. Formalmente anunciado em 1969, seu primeiro voo foi em outubro de 1972, ele detém a distinção de ser o primeiro avião de fuselagem larga bimotor do mundo; foi também o primeiro produto da Airbus Industries, um consórcio de fabricantes aeroespaciais europeus, hoje conhecido como Airbus. O A300 pode acomodar normalmente 266 passageiros em um layout de duas classes, com um alcance máximo de 4.070 milhas náuticas (7.540 km ) quando totalmente carregado, dependendo do modelo. O desenvolvimento do A300 começou durante a década de 1960 como um projeto colaborativo europeu entre vários fabricantes de aeronaves no Reino Unido, França e Alemanha Ocidental. Em setembro de 1967, as nações participantes assinaram um Memorando de Entendimento para fabricar a aeronave. Os britânicos se retiraram do projeto em 10 de abril de 1969. Um novo acordo foi alcançado entre a Alemanha e a França em 29 de maio de 1969, e a Airbus Industrie foi formalmente criada em 18 de dezembro de 1970 para desenvolver e produzir o A300. O primeiro tipo voou em 28 de outubro de 1972. A Air France, foi o cliente de lançamento do A300, introduzindo o tipo em serviço em 30 de maio de 1974. Após um período de demanda limitada dos clientes, o A300 obteve várias vendas grandes em 1978, após as quais o tipo foi comprovado e as encomendas chegaram em uma taxa constante ao longo das próximas três décadas. Durante a década de 1990, o A300 tornou-se popular entre vários operadores de carga, e várias variantes diferentes de aeronaves de carga foram produzidas. A produção do A300 cessou em julho de 2007, juntamente com seu derivado menor, o A310. As vendas das versões cargueiras para as quais o A300 havia anteriormente sido convertidas, hoje estão sendo substituídas pelo A330-200F, um derivado do novo Airbus A330. Entre todas as variantes, foram fabricadas 561 unidades. Operação na VASPEm 3 de outubro de 1980, a VASP resolveu encomendar nada menos do que 12 aeronaves Airbus, sendo três A300-B4, e nove A310, aeronave semelhante, mas mais curta e de menor capacidade de passageiros. Entretanto, as coisas não correram tão bem para a Vasp como tinha sido na Cruzeiro: na época, o DAC - Departamento de Aviação Civil tinha um representante na diretoria de cada companhia aérea, e intervinha fortemente em quaisquer planos das empresas. A compra dos aviões pela VASP foi vetada, sendo autorizada apenas a compra de Airbus A300-B2, sem tanque central, de menor alcance e menor payload, então já reconhecida como obsoleta pelo próprio fabricante. Mesmo assim, a VASP encomendou os aviões, e o primeiro deles, matriculado PP-SNL, chegou ao Aeroporto de Congonhas, no dia 5 de novembro de 1982, já ostentando um novo esquema de pintura especialmente desenhado para ele, rompendo com seu antigo esquema aplicado quase sem modificações desde os anos 60. Esses aviões podiam transportar até 240 passageiros em duas classes, com assentos dispostos em configuração 2-4-2 na classe econômica. 26 dos assentos eram de classe executiva. Sendo aeronaves domésticas e wide-bodies, podiam transportar uma quantidade respeitável de carga nos porões, perto de 30 toneladas, além da bagagem dos passageiros. O interessante é que os A300-B2 da VASP não tinham bagageiros acima dos assentos da fileira central, como os wide-bodies internacionais. Isso acabava dando uma noção de maior espaço interno ao avião. Em termos de frota doméstica, a VASP operava os maiores aviões exclusivamente domésticos na época, os Boeing 727-200, desde 1977. Os Airbus A300-B2 iriam complementar especialmente essa frota, com um aumento notável na capacidade de passageiros. Em 8 de novembro, chegava a Congonhas o segundo A300, matriculado PP-SNM. Os A300 da VASP deixaram de operar em Congonhas a partir da inauguração do aeroporto de Guarulhos, em janeiro de 1985, e permaneceram como os maiores aviões da empresa até 1991, quando a empresa, já privatizada, adquiriu aeronaves McDonnell-Douglas DC-10-30 e, depois, MD-11. Entretanto, a carreira dos A300 na VASP estava longe de terminar. Após a falência da companhia, em 17 de fevereiro de 2016, durante a madrugada, o último Airbus da VASP foi desmanchado rapidamente e, literalmente, desapareceu do "cemitério" do aeroporto, situado perto da cabeceira 27R. Como a aeronave, embora arrematada, não foi retirada dentro do prazo previsto, o administrador do aeroporto, a GRU Airport, alegando abandono, solicitou autorização da justiça para demolir o avião e limpar o pátio. Terminava assim, melancolicamente, a história dos Airbus A300 da VASP, que operaram durante 22 anos de forma praticamente ininterrupta. |
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