| by: A. Bernardes |
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A Aeronave
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O Douglas DC-4 é um quadrimotor (pistão) a hélice avião desenvolvido pela Douglas Aircraft Company. As versões militares do avião, o C-54 e o R5D, serviram durante a Segunda Guerra Mundial, no Berlin Airlift e nos anos 1960. A partir de 1945, muitas companhias aéreas civis operaram o DC-4 em todo o mundo. Após a comprovação dos voos da United Airlines com o DC-4E, tornou-se óbvio que o avião de 52 lugares era grande demais para operar economicamente e as companhias aéreas parceiras recomendaram uma longa lista de mudanças necessárias ao projeto. A Douglas aceitou o novo requisito e produziu um novo design, o DC-4A, com uma fuselagem mais simples e não pressurizada, motores R-2000 Twin Wasp e uma única aleta e leme. Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, em junho de 1941, o Departamento de Guerra assumiu as ordens de fornecimento para as companhias aéreas e as alocou às Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos com a designação C-54 Skymaster. O primeiro, um C-54, voou de Clover Field, em Santa Monica, Califórnia, em 14 de fevereiro de 1942. Para atender às exigências militares, a primeira aeronave de produção tinha quatro tanques de combustível auxiliares adicionais na cabine principal, o que reduziu os assentos para 26. Os seguintes lotes de aeronaves foram designados C-54A e construídos com piso mais forte e com uma porta de carga com guincho. O primeiro C-54A foi entregue em fevereiro de 1943. Com a introdução do C-54B em março de 1944, as asas externas foram trocadas para manter os tanques de combustível integrados, permitindo a remoção de dois dos tanques da cabine, isso permitiu que 49 assentos (ou 16 macas) fossem instalados. O C-54C era um híbrido para uso presidencial, tinha uma fuselagem de C-54A com quatro tanques de combustível de cabine e as asas do C-54B com tanques embutidos para atingir o alcance máximo. A variante mais comum foi o C-54D, que entrou em serviço em agosto de 1944, um C-54B com motores R-2000-11 mais potentes. Com o C-54E, os dois últimos tanques de combustível da cabine foram movidos para as asas, o que permitiu mais vagas ou 44 assentos para passageiros. Um total de 1.163 C-54/R5Ds foram construídos para as forças armadas dos Estados Unidos entre 1942 e janeiro de 1946, outros 79 DC-4s foram construídos no pós-guerra. Uma variante, equipada para voar mais de 40% mais rápido, foi construída no Canadá no pós-guerra como a Canadair North Star . |
Operação na Aerovias Brasil
Em 1951 a frota da Aerovias, que já contava com 24 Douglas DC-3, foi reforçada com a chegada de três quadrimotores Douglas DC-4 (PP-AXQ, PP-AXR e PP-AXS) Skymaster para 44 passageiros em substituição aos DC-3 na linha para os Estados Unidos e para dar início a uma nova expansão, desta vez voltada ao sul do continente, visando alcançar Montevidéu e Buenos Aires. O primeiro DC-4 pousou no Rio de Janeiro em 6 de julho de 1951 e alguns dias depois seguiria para a Argentina para ser batizado em Buenos Aires com o nome de “General San Martin”, em uma indisfarçada manobra política com a intenção de agradar ao governo do general Juan Domingo Perón, que se encontrava no poder. Esses quadrimotores chegavam ao Brasil com seis anos de atraso. Em agosto de 1945 a empresa mandara um grupo de tripulantes aos Estados Unidos para frequentar o curso teórico do equipamento, mas, devido às dificuldades enfrentadas na época, os DC-4 não foram adquiridos e todos os esforços foram em vão. Em 1956 foi incorporado um quarto DC-4 (PP-YRO), quando a Aerovias já fazia parte da Real, e todos os outros 3 passaram por uma revisão ganhando um novo interior ampliando a sua capacidade de 44 para 52 passageiros. Com ele, a Aerovias reduziu o tempo de viagem para os Estados Unidos para apenas 24 horas de voo com 3 escalas. Em 1957, o PP-AXS acidentou-se e os 3 restantes foram inicialmente vendidos para o Lóide Aéreo que depois foi adquirido pela VASP. Os 4 Douglas DC-4 da Aerovias voaram entre os anos de 1951 a 1955.
