by: A. Bernardes |
fotos - Internet Quando o EMB-145 foi lançado no Salão de Le Bourget de 1989, ele tinha asas retas, motores colocados sobre as asas e winglets. A filosofia deste estágio do projeto era criar uma aeronave que tivesse baixo custo de desenvolvimento, utilizando para isto a maior quantidade possível de componentes do Brasília. Os ensaios de túnel de vento demonstraram porém problemas de complessibilidade que impediriam que o desempenho desejado fosse alcançado, diante disto alterou-se o projeto para que o mesmo tivesse asas enflechadas com winglets e com os motores em pilones sobre as asas para que o desempenho desejado fosse alcançado. Mas, para isto o trem de pouso teria que ser longo e as partes em comum com o Brasília se resumiriam apenas a fuselagem. Assim , como solução definitiva os motores foram reposicionados na cauda como na maioria dos jatos executivos, o que proporcionou superar o desempenho antes estimado e a comulidade desejada com o Brasília. O EMB-145 depois rebatizado ERJ-145, de Embraer Regional Jet, introduziu para a Embraer novidades em várias áreas. Na área técnica, foi o primeiro avião a ser todo desenvolvido sob o sistema CAD/CAM no Brasil. Na área de investimentos foi o primeiro a contar com parceiros de risco, ou seja, empresas que fabricam componentes participando com uma parcela do investimento total. Na área de marketing, foi o primeiro a ter mais de um cliente de lançamento, bem como, não partir de uma encomenda das forças armadas brasileiras e ser um projeto voltado para as companhias aéreas. O modelo é propulsado por dois reatores Alisson AE 3007, tem capacidade para 50 passageiros, comprimento de 29,87 metros, envergadura de 20,04 metros, área alar de 51,18 metros² , peso máximo de decolagem de 19.200 kg e 20.600 kg nas versões standard e ER respectivamente, peso máximo sem combustível de 17.100 kg e velocidade de cruzeiro máxima de 796 km/h na versão standard. O EMB-145 começou a ser fabricado em 1992 e desde então já foram entregues mais de 1000 aeronaves no mundo inteiro. Desde 2003, a sua fabricação e de seus derivados são fabricados pela Harbin Aircraft Industry Group , na China e seu projeto mostrou-se tão bom que gerou uma família de jatos civis, executivos e militares que são fabricados até os dias de hoje. Além da versão Standard a Embraer desenvolveu as versões ERJ-145EU, ER, EP, LR, LU, MK, XR, todas estas civis. O EMB-145 foi ainda o ponto de partida para as versões encurtadas, tais como o ERJ-135 nas versões ER e LR para 37 passageiros e o ERJ-140 nas versões ER e LR para 44 passageiros. Já na categoria executiva, a Embraer desenvolveu a partir do ERJ-135 o Legacy 600 (EMB-135BJ) e o Legacy 650. Já na área militar, foram desenvolvidos o C-99, um transporte militar, o EMB-145H, desenvolvido segundo as especificações da Força Aérea da Grécia, o EMB-145I, um modelo de alerta aéreo antecipado com sonda de reabastecimento em voo para a força aérea indiana, o EMB-145SA, de alerta aéreo antecipado, o EMB-145RS de sensoreamento remoto, o EMB-145MP/ASW de patrulha marítima e guerra anti-submarina e o EMB-145 AEW-C, que é uma versão de alerta aéreo antecipado e controle de campo de batalha. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário