BOEING 737-200, -300 e -400

by: A. Bernardes

fotos - Internet A Aeronave O Boeing 737 é um avião de passageiros de narrow-body bimotor a jato de curto a médio alcance desenvolvido e fabricado pela Boeing Commercial Airplanes nos Estados Unidos. Originalmente desenvolvido como um avião bimotor de menor custo e menor, derivado dos modelos 707 e 727, o 737 se tornou uma família de treze modelos de passageiros com capacidade de 85 a 215 passageiros. O 737 é o único avião de passageiros de pequeno porte da Boeing em produção, com o 737 Next Generation (-700, -800 e -900ER) e as variantes 737 MAX atualizadas e re-motorizadas atualmente em construção. O 737 foi originalmente imaginado em 1964 sendo que o 737-100 inicial fez seu primeiro voo em abril de 1967 e entrou no serviço aéreo em fevereiro de 1968 na Lufthansa . Em seguida, o alongado 737-200 entrou em operação em abril de 1968. Na década de 1980, a Boeing lançou as versões mais longas 737-300, −400 e −500 (chamadas de série Boeing 737 Classic) com turbofan CFM56, com melhorias nos motores e nas asas. O Boeing 737 Next Generation (NG) foi introduzido na década de 1990, com uma asa redesenhada e ampliada, Glass cockpit "de vidro" aprimorado e novo interior. O 737 NG compreende as variantes 737-600, −700, −800 e −900, com comprimentos que variam de 31,09 a 42,06 m (102 a 138 pés). As versões do Boeing Business Jet do 737 NG também são produzidas. O 737 foi revisado novamente na década de 2010 para maior eficiência, com a série 737 MAX com motores CFM LEAP-1B e winglets melhorados . O 737 MAX entrou em serviço em 2017. O Boeing 737, é o jato comercial mais vendido da história e é fabricado continuamente desde 1967. O 10.000º foi lançado em 13 de março de 2018, um MAX 8 destinado à Southwest Airlines e isto sem levar em conta que existem mais de 4.600 pedidos estão pendentes. A montagem do 737 é realizada na Boeing Renton Factory em Renton, Washington . Muitos 737s atendem a mercados previamente abastecidos por aviões 707, 727, 757, DC-9 e MD-80 / MD-90, e a aeronave atualmente compete principalmente com a família Airbus A320. A partir de 2006, havia uma média de 1.250 Boeing 737 no ar a qualquer momento, com dois partindo ou aterrissando em algum lugar a cada cinco segundos. Operação na VARIG Dando prosseguimento ao programa de renovação e ampliação da frota, em 1974 entraram em operação os Boeing 737-200 Super Advanced. O primeiro a entrar em serviço recebeu o prefixo PP-VME procedente diretamente da fábrica da Boeing em Seatle. A Varig entre os anos de 1974 e 2004 chegou a ter um total de 20 Boeing 737-200 Super Advanced, todos sempre operando nas linhas domésticas da companhia. Voo RG254 - Perdido na selva Em 1989, no dia 3 de setembro de 1989, um 737-200 prefixo PP-VMK pilotado pelo comandante Cezar Augusto Padula Garcez e o co-piloto Nilson de Souza Zille, decolou de Marabá com destino a Belém. Em Marabá, a aeronave foi reabastecida e preparada para a etapa final do voo até Belém, com duração de 50 minutos. Tendo decolado às 17h 35min, o Boeing 737-200 PP-VMK tomaria o rumo oeste, ao invés do rumo norte. Após ter alcançado teoricamente 89 m.n. (165 km) de distância de Belém, a tripulação do RG-254 haveria tentado estabelecer contato com o Controle de Aproximação (APP) Belém. A comunicação com o APP Belém só foi conseguida através de uma ponte realizada por outro Boeing da VARIG que realizava o voo 266 de Belém para Brasília. A dificuldade de comunicação com Belém, aliada ao não avistamento da cidade, indicavam possíveis erros de navegação. O atraso da aeronave não despertaria preocupação nas autoridades, por conta do voo ser realizado em um tranquilo domingo, dia de jogo da seleção brasileira de futebol, e o trecho final do voo 254 ser de fácil execução. O APP Belém, acreditando que o voo 254 estava seguindo o rumo correto, concederia autorização de pouso para o PP-VMK. Por sua vez, o centro de coordenação da VARIG também não perceberia o atraso do voo 254. Com o passar do tempo, a situação começou a sair do controle. Após relutar em pedir ajuda, a tripulação do voo 254 conseguiu se comunicar por volta das 20h 30min com tripulações dos voos 231 e 266 da Varig. Após travar diálogo de 25 minutos com essas tripulações, o Varig 254 cortou as comunicações e realizou um pouso de forçado em decorrência da "pane seca". Após voar por três horas sem descobrir sua real posição, o comandante do PP-VMK realizou um pouso forçado, por volta das 21h, em uma área de floresta localizada 60 km ao norte de São José do Xingu. Na aterrissagem, o impacto do avião contra as árvores causou a morte de 11 ocupantes e ferimentos nos outros 43. Os ferimentos posteriormente levaram à morte um 12º ocupante do avião, deste modo reduzindo para 42 o número de sobreviventes efetivos. Em 1987 chegou o primeiro dos 31 Boeing 737-300 operados pela Varig entre os anos de 1987 e 2006. Já da versão versão -400, a Varig operou 8 aeronaves entre os anos de 2000 a 2002 e 2004 a 2006.