quinta-feira, 15 de abril de 2021

SAAB 90 SCANDIA

SAAB SCANDIA
by: A. Bernardes

O Saab 90 Scandia foi um avião civil de passageiros, fabricado pela Svenska Aeroplan Aktiebolaget, em Linköping, Suécia. Em 1944, como foi se tornando claro que a Segunda Guerra Mundial em breve estaria no fim, a SAAB percebeu que a empresa teve que diversificar de seus esforços puramente militares se quisesse sobreviver. Por isso, o conselho decidiu colocar em ação um plano para a fabricação de um bimotor pequeno, de médio alcance e econômico, como um sucessor para o Douglas DC-3. O design do Scandia era bastante semelhante ao DC-3. A única diferença visível distinta era que o 90 tinha trem de pouso em triciclo, enquanto o DC-3 tinha uma roda de cauda. O 90 tinha de competir com os diversos excedentes de DC-3s disponíveis no mercado, ao mesmo tempo, dificultando suas vendas. O primeiro protótipo do Scandia voou pela primeira vez em novembro de 1946. Ele foi capaz de transportar 24 ou 32 passageiros, com capacidade de baixa velocidade. Ele tinha um trem de pouso no nariz totalmente retrátil e era para ser equipado com os motores Pratt & Whitney R-2000. Apesar do sucesso do protótipo, seria lançado tardiamente em 1950, e perderia a concorrência para o DC-3, aeronave de manutenção simples e oferecida em abundância pelo governo americano após o final da guerra. Assim seriam construídos apenas 18 aeronaves que seriam adquiridas pelas empresas Scandinavian Airlines System e Aerotransport.

Em 1950 ,a VASP adquiriu seus primeiros Scandia. Ao final de 1957, a empresa operava todos os 18 aviões construídos, tendo adquirido os exemplares restantes da SAS. O Scandia seria utilizado pela VASP em larga escala na Ponte Aérea Rio - São Paulo. Após alguns acidentes fatais ocorridos entre o final dos anos 1950 e início dos anos 1960, as aeronaves remanescentes seriam utilizadas em rotas menos procuradas até serem aposentadas em 1969. A aeronave acidentada havia sido fabricada em 1950 e recebeu o número de construção 90.106. Ao entrar em serviço na SAS receberia o prefixo SE-BSD Grim Viking. Em 1957 seria adquirida pela VASP, recebendo o prefixo PP-SQV, o único Scandia a acidentar-se. O PP-SQV foi preparado para a realização do voo das 18h30 min da Ponte aérea Rio-São Paulo. Após atraso, a aeronave decolaria da pista 16 do aeroporto de Congonhas às 18h49 do dia 23 de setembro de 1959. Transportando 16 passageiros e 4 tripulantes, a aeronave era conduzida pelo comandante Renart da Cunha Borba. Após decolar, a aeronave guinou à direita perdendo altura e um minuto e meio depois, voando baixo, bateria sobre uma elevação de terreno ganhando pequena altura até bater numa pequena floresta de eucaliptos, explodindo logo em seguida. A explosão seguida de grande incêndio mataria carbonizados todos os ocupantes da aeronave.

Um único exemplar do Scandia de todos os 18 fabricados e operados pela VASP, se encontra exposto no Museu do Automóvel Eduardo André Matarazzo, na cidade de Bebedouro, o PP-SQR (na foto) resiste ao tempo e ao vento, esperando algum dia ser resgatado, restaurado e exposto em algum museu no Brasil.  fotos - Internet

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